Afebre do Oropouche é uma doença causada por um vírus transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya. O quadro clínico agudo pode evoluir com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor articular. Outros sintomas, como tontura, dor atrás do olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados.

Casos mais graves podem incluir o acometimento do sistema nervoso central, por exemplo de meningoencefalite, especialmente em pacientes imunocomprometidos. Ainda há relatos de manifestações hemorrágicas. Parte dos pacientes (estudos relatam até 60%) pode apresentar recidiva, com manifestação dos mesmos sintomas ou apenas febre, cefaleia e mialgia após uma a duas semanas a partir das manifestações iniciais.

A orientação é similar aos casos de dengue, que a população, ao observar os sintomas, procure por uma unidade de saúde.

Não há tratamento específico disponível. As medidas de prevenção consistem em evitar áreas com a presença de maruins ou minimizar a exposição às picadas dos vetores, seja por meio de recursos de proteção individual (uso de roupas compridas e de sapatos fechados) ou coletiva (limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, uso de telas de malha fina em portas e janelas).

Cientistas também suspeitam que ele possa afetar algumas aves.

Nos ciclos epidêmicos urbanos, que envolvem seres humanos, ainda não foram observados casos de transmissão direta, de uma pessoa para outra.

Quais os sintomas da febre oropouche?

As evidências publicadas apontam que a incubação — o tempo entre o vírus entrar no organismo e o surgimento dos primeiros sintomas — varia entre quatro e oito dias.

A partir daí, os sinais da doença são muito parecidos aos de outras arboviroses, como a dengue.

A OMS aponta que os principais sintomas da febre oropouche são:

  • Febre alta de início repentino;
  • Dor de cabeça;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Dureza ou dor nas juntas;
  • Calafrios;
  • Náusea;
  • Vômitos.

Geralmente, esses incômodos se prolongam por um período de cinco a sete dias.

Curiosamente, após a recuperação, cerca de 60% dos acometidos pela febre oropouche sofrem uma recaída.

A febre oropouche é grave? Pode matar?

Os trabalhos científicos publicados até agora sobre a febre oropouche citavam a possibilidade de algumas complicações mais graves.

As principais seriam encefalite e meningite, inflamações do cérebro ou das membranas que recobrem o sistema nervoso, respectivamente.

No entanto, as duas mortes anunciadas pelo Ministério da Saúde na quinta-feira (25/7) são absolutamente inéditas.