Epidemia de obesidade até 2030: Entenda riscos e como mudar este cenário
O Atlas Mundial de Obesidade de 2022, divulgado recentemente, traz dados alarmantes: em 2030, o Brasil deverá ter cerca de 30% de adultos obesos. A obesidade é fator de risco para doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte no Brasil e no mundo – a exemplo de infarto e AVC -, e doenças como hipertensão (pressão alta) e diabetes.
Os dados preocupam também em relação aos jovens brasileiros: em 2030, a prevalência de obesidade deverá ser de 22,75% entre crianças de 5 a 9 anos e de 15,71% entre crianças e jovens de 10 a 19 anos.
Um fator que merece muita atenção é o consumo de ultraprocessados – como refrigerantes, bolachas recheadas e salgadinhos. Estudos indicam que o alto consumo desse tipo de produto pode aumentar em 45% o risco de obesidade em adolescentes.
É preciso lembrar que o acúmulo de gordura abdominal alerta para o risco de entupimentos em artérias, dificultando o desempenho adequado do coração e de outros órgãos. Células de gordura podem formar placas nas artérias; e são essas placas que podem obstruir a passagem do sangue e ocasionar infarto, AVC e outras doenças.
Pessoas com sobrepeso (caracterizado pelo excesso de peso, mas numa faixa anterior à que se classifica como obesidade) já têm risco de ter taxas de glicemia, triglicérides, entre outras, alteradas – o que aumenta o risco de doenças.
Mudar esse futuro que se desenha exige ações imediatas. E isso significa não apenas incentivar, mas ampliar campanhas sobre alimentação saudável e a importância de praticar atividades físicas. Também é preciso compreender que a condição tem múltiplos fatores envolvidos. Por isso, abordagens sociais e psicológicas também são importantes.